AVALIAÇÃO DA COMPLETUDE DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS DE IMIGRANTES E BRASILEIROS NO ESTADO DO PARANÁ, 2014-2019

Autores

  • Giovana Munhoz Dias
  • Gabriela Rufino da Silveira
  • Iara Sescon Nogueira
  • Mayckel da Silva Barreto
  • Flávia Cristina Vieira Frez
  • Viviane Cazetta de Lima Vieira

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-056

Palavras-chave:

Emigrantes e Imigrantes, Sistema de Informação em Saúde, Nascidos Vivos, Cuidado Pré-natal

Resumo

Avaliar a completude dos dados no SINASC do Paraná, entre 2014 a 2019, de imigrantes e brasileiros. Método: Estudo transversal, retrospectivo, de análise de completude dos dados de nascimento do ano de 2014 a 2019 no estado do Paraná. Foram critérios de análise: excelente (menos de 5% de incompletude); bom (5% a 10%); regular (10% a 20%); ruim (20% a 50%); e muito ruim (acima de 50%). Resultados: Foram registrados no Brasil 948.316 nascidos vivos, dos quais 935.629 eram de mães brasileiras e 12.867 de mães imigrantes de diversas nacionalidades. Dentre as variáveis, os campos incompletos de mães brasileiras somaram 50.243 (5,37%) e de imigrantes 696 (5,41%), demonstrando um bom preenchimento do banco. Conclusão: Foi possível verificar que o banco de dados SINASC mostrou-se confiável e com baixas incompletudes entre os anos de 2014 a 2019 no estado do Paraná, independente da naturalidade da mãe. Porém, dados incompletos referentes às imigrantes ainda são maiores comparados aos de mulheres brasileiras, podendo ser resultado de uma falta de capacitação dos profissionais da saúde para a comunicação com as mães imigrantes que não falam a língua nativa, não coletando os dados de forma adequada e completa.

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Publicado

29-05-2023

Como Citar

Dias, G. M., da Silveira, G. R., Nogueira, I. S., Barreto, M. da S., Frez, F. C. V., & Vieira, V. C. de L. (2023). AVALIAÇÃO DA COMPLETUDE DOS DADOS DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE NASCIDOS VIVOS DE IMIGRANTES E BRASILEIROS NO ESTADO DO PARANÁ, 2014-2019. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(5), 3016–3028. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-056

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Artigos