RESISTÊNCIAS DO DIREITO PROCESSUAL PÚBLICO - ÀS PROMESSAS DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL

Autores

  • Bruno Carlos Pastore Universidade Paranaense - UNIPAR

DOI:

https://doi.org/10.25110/rcjs.v19i1.2016.5978

Resumo

A exposição de motivos do novo CPC, reconhecendo que justiça retardada é justiça denegada, exalta os princípios da razoável duração dos processos e da efetividade, para que pautem toda interpretação e aplicação do direito ao caso concreto. Não obstante, a ascensão e fortalecimento do Judiciário, dotado de autonomia e independência como nunca antes no Brasil, a autorrestrição judicial tem prevalecido no âmbito do direito processual público. Nesse campo, curiosa e paradoxalmente, a deferência dos juízes ao legislador e ao administrador encontra respaldo, agora, no novo CPC, que consagra vantagens ao Poder Público em juízo que militam contra as expectativas por um processo mais célere, justo e efetivo. Em que pese seja o único diploma processual elaborado num Estado Democrático de Direito, entulhos autoritários permanecem escamoteados nele. A comissão de renomados juristas responsáveis pela elaboração do novo Codex absteve-se de enfrentar as críticas quanto ao nosso contencioso judicial administrativo. Continuaremos, pois, tendo um processo demasiadamente moroso, injusto e irresoluto no âmbito do ramo processual em foco.

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Publicado

19-12-2016

Como Citar

PASTORE, Bruno Carlos. RESISTÊNCIAS DO DIREITO PROCESSUAL PÚBLICO - ÀS PROMESSAS DO NOVO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Revista de Ciências Jurídicas e Sociais da UNIPAR, [S. l.], v. 19, n. 1, 2016. DOI: 10.25110/rcjs.v19i1.2016.5978. Disponível em: https://www.revistas.unipar.br/index.php/juridica/article/view/5978. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos