USO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS (ACH) POR MULHERES EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA NO MUNICÍPIO DE JAGUARUANA-CE

Autores

  • Ruciana Costa Oliveira
  • Francisco Wanderlei Lima Silva
  • Anielle Torres de Melo
  • Lucimary Leite de Pinho
  • José Damião da Silva Filho
  • David Levy Melo Monteiro
  • Ana Caroline Rocha de Melo Leite
  • Maria Clara Costa Moreira
  • Lílian Karla de Nojosa Rodrigues
  • Wilcylane Francisca Carneiro dos Santos
  • Walber Mendes Linard
  • Ana Karenina de Souza Gondim Pedrosa
  • Rodolfo de Melo Nunes

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i4.2023-029

Palavras-chave:

Contracepção, Anticoncepcional Hormonal (ACH), Gravidez, Farmacêutico

Resumo

As mulheres em todo o mundo utilizam algum método contraceptivo. No Brasil, o uso de medicamentos para evitar a gravidez tem evoluído consideravelmente ao longo do tempo. Os anticoncepcionais hormonais (ACHs) apresentam outros benefícios além da prevenção da gravidez, sendo essencial que as mulheres tenham conhecimento sobre seus benefícios e possíveis efeitos colaterais. O estudo teve como objetivo avaliar o conhecimento das mulheres quanto ao uso correto dos ACHs em uma farmácia comunitária no município de Jaguaruana-Ce. Método: Tratou-se de um estudo descritivo, transversal e observacional, com uma abordagem quantitativa, através de questionário aplicado às pacientes no momento da compra do medicamento. A pesquisa ocorreu entre os meses de setembro e outubro de 2019, com mulheres entre 18 e 55 anos de idade. Resultados: O estudo teve predomínio de mulheres entre 18 e 29 anos no total de 29 (48%). A maior parte delas, 43 (72%), tinha preferência por anticoncepcionais orais. Quanto à escolaridade, 35 (85%) tinham nível médio completo. O profissional com maior número de indicações ao uso dos ACHs foi o enfermeiro 23 (38%). 41 (68%) das mulheres declararam ter recebido orientação do uso, 49 (81%) afirmaram usá-lo para contracepção e 21 (35%) como método há mais de 5 anos. Sobre a pílula do dia seguinte, 36 (60%) delas nunca fizeram uso, 30 (50%) não conheciam o tempo máximo de eficácia e 49 (82%) não sabiam suas contraindicações. Conclusão: Nota-se que se faz necessário a atuação do Farmacêutico na avaliação e orientação quanto ao uso correto dos ACHs, garantindo assim o uso racional e maior eficácia do método.

Referências

ALMEIDA, A. P. F.; ASSIS, M. M. Efeitos colaterais e alterações fisiológicas relacionadas ao uso contínuo de anticoncepcionais hormonais orais. Rev. Eletrôn. Atualiza Saúde 2017; 5(5): 85-93.<http://atualizarevista.com.br/wp-content/uploads/2017/01/efeitos-colaterais-e-altera%C3%A7%C3%B5es-fisiol%C3%B3gicas-relacionadas-ao-uso-co nt%C3%ADnuo-de-anticoncepcionais-hormonais-orais-v-5-n-5.pdf> Acesso em 10 de mar. de 2019

AMERICO, C. F., et al. Conhecimento de usuárias de anticoncepcional oral combinado de baixa dose sobre o método: Rev. Latino-Am. Enfermagem 21(4):[07 telas]; jul-ago.2013 Disponível em:

<http://www.scielo.br/pdf/rlae/v21n4/pt_0104-1169-rlae-21-04-0928.pdf>. Acesso em 10 de mar. de 2019.

BAHAMONDES, L., et al. Fatores associados à descontinuação do uso de anticoncepcionais orais combinados. Revista Brasileira de Ginecologia Obstetrícia. v.33, n.4, p. 303-309, 2011 .Disponível em:

<http://www.producao.usp.br/bitstream/handle/BDPI/10330/art_PINHO_Fatores_associados_a_descontinuacao_do_uso_de_2011.pdf?sequence=1>.Acesso em 04 de maio de 2019.

BASTOS, M. R.; BORGES, A. L. V.; HOGA, L. A. K.; FERNANDES, M. P.; CONTIN, M. V. Práticas contraceptivas entre jovens universitárias: o uso da anticoncepção de emergência. Texto&Contexto Enferm. jul/set, 2008; 17(3): 447-56. Disponível em:<https://bdpi.usp.br/bitstream/handle/BDPI/3793/art_BORGES_Praticas_contraceptivas_entre_jovens_universitarias_o_uso_2008.pdf?sequence=1&isAllowed=y>.Acesso em 04 de nov. de 2019.

BORGES, A. L. V., et al. Práticas contraceptivas entre jovens universitários: o uso da anticoncepção de emergência. Caderno de Saúde Pública, Rio de Janeiro , Vol. 26. nº 4. abr. 2010. Disponível em:<http://www.producao .usp.br/bitstream/handle/BDPI/3831 /art_BOR GES _ Praticas_contraceptivas _entre_jovens_ universitarios_o_uso_ 2010.pdf?sequence=1>.Acesso em 05 de out. de 2019.

BOUZAS, I.; PACHECO, A.; EISENTEIN, E. Orientação dos principais contraceptivos durante a adolescência. Adolescência & Saúde, Rio de Janeiro, v. 1, n. 2, p.27-33, 2004. Disponível em:

< http://www. adolescenciaesaude.com/detalheartigo.asp?id=218>.Acesso em 20 de fev. de 2019.

BRAMBILLA, A.; RIECHEL, T.; AMADEI, J. L. Contracepção de emergência e universitá rias da área da saúde. Revista de Saúde e Educação - SUSTINERE, v. 4, n. 2, p. 253-264, 2016. Disponível em:.Acesso em 30 de out. de 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Direitos sexuais, direitos reprodutivos e métodos anticoncepcionais. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. Disponível em:. Acesso em 02 de nov. de 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Brasília (DF): Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas; Ministério da Saúde; 2009. 82 p.Disponível em:< http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf>. Acesso em 02 de nov de 2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Anticoncepção de emergência: perguntas e respostas para profissionais de saúde. Brasília: Ministério da Saúde 2010. Disponível em: .Acesso em 05 de out. de 2019.

DOMBROWSKI, J. G.; PONTES, J. A.; ASSIS, W. A. L. M. Desempenho de enfermeiros na prescrição de contraceptivos hormonais na rede básica de saúde. Rev Bras Enferm 2013. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/reben/v66n6/03.pdf Português>.Acesso em 02 de set. de 2019.

DUNCAN, B.; SCHMIDT, M. I.; GIUGLIANI, E. R. J. Medicina Ambulatorial: Condutas de Atenção Primária Baseadas em Evidências. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed; 2013. Disponível em:<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/pesquisa/simples/Medicina%20ambulatorial:%20condutas%20de%20aten%C3%A7%C3%A3o%20prim%C3%A1ria%20baseadas%20em%20evid%C3%AAncias/1030 >.Acesso em 12 de mar. de 2019.

FILHO, José Damião da Silva; SILVA, Francisco Wanderlei de Lima; MELO, Anielle Tor-res; PINHO, Lucimary Leite de; SOUSA, Rosângela Lima, RAMALHO, Ane Kelly Lima; LEITE, Ana Caroline Rocha de Melo; ELIAS, Darcielle Bruna Dias; NUNES, Rodolfo de Melo. O impacto da pandemia da covid-19 na saúde mental de estudantes universitários. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, Umuarama, v.27, n.2, p.574-592, 2023. http://dx.doi.org/ 10.25110/arqsaude. v27i2.2023-003.

FERRARI, D. N.; ANDRADE, T. C. S. Efeitos do uso de Contraceptivos Hormonais em

Mulheres.Centro Universitário de Brasília, Brasília-DF,2015. Disponível em:

<https://pdfs.semanticscholar.org/1b70/e53f00e2f3ce976f7e5ac6dbeceacc814f30.pdf>. Acesso em 11 de mar.de 2019.

FONSECA, A. C. N.; GOMES, A. T.; BARRETO, J. G. Distribuição de anticoncepcionais em uma farmácia básica no município de São José do Calçado ES. Acta Biomedica Brasiliensia, São José do Calçado – ES, v.6, n.1, p.01-20, Julho de 2015. Disponível em:. Acesso em 23 de ago.de 20019.

GROSSMAN, D.; WHITE, K.; HOPKINS, K.; AMASTAE, J.; SHEDLIN, M.; POTTER, J. E.. Contraindications to combined oral contraceptives among over-the-counter compared with prescription users. Obstet Gynecol. 2011;117(3):558-65. DOI:10.1097/AOG.0b013e31820b0244. Disponível em:<https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21343758>. Acesso em 05 de out. de 2019.

MARINHO, L. F. B.; AQUINHO, E. M. L.; ALMEIDA, M. C. C. Contraceptive practices and sexual initiation among young people in three Brazilian State capitals. Cad. Saúde Pública, v. 5, n. 2, p. 227-239, 2009.Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2009001400005>cesso em 20 de fev. de 2019.

MITRE, E. I., et al. Avaliações audiométrica e vestibular em mulheres que utilizam o método contraceptivo hormonal oral. Revista Brasileira de Otorrinolaringologia. São Paulo, v. 72, n. 3, p. 350-354, 2006.Disponível em: <http://www.scielo.br/ scielo.ph p?script=sci_arttext&pid=S0034-7299200600030000 9>. Acesso em 20 de fev. de 2019.

PAIVA, S. P. P.; BRANDAO, E. R. Contracepção de emergência no contexto das farmácias: revisão crítica de literatura. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v.22, n.1, p. 17-34, 2012.Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/physis/v22n1/v22n1a02.pdf>. Acesso em 01 de nov. de 2019.

PAZ, E. C. M.; DITTERICH, R.G. O conhecimento das mulheres sobre os métodos contra ceptivos no planejamentofamiliar. Revista Gestão & Saúde. Curitiba, v. 1,n. 1, p. 1-10, 2009. Disponível em:. Acesso em 12 de mar. de 2019.

PERPÉTUO, I. H. O.; WONG, L. L. R. Desigualdade socioeconômica na utilização de

métodos anticoncepcionais no Brasil: uma análise comparativa com base nas PNDS 1996 e 2006. In: BRASIL. Ministério da Saúde. Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher - PNDS 2006: dimensões do processo reprodutivo e da saúde da criança. Brasília, DF:Ministério da Saúde, 2009. p. 87-104. Disponível

em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/pnds_crianca_mulher.pdf>. Acesso em: 10 mar. 2019

PICCINATO, C. E. Trombose venosa pós-operatória. Fundamentos em clínica cirúrgica, Medicina, Ribeirão Preto. v. 41, n. 4, p. 477-486, out./dez. 2008. Disponível em: <http://revista.fmrp. usp.br/2008/ VOL41N4/SI MP_6Trombose _venosa_posoperatoria.pdf>. Acesso em 20 de fev. de 2019.

RANG, H. P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M. Farmacologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

RANG, H. P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; FLOWER, R.J. Farmacologia. 2º Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.

RANIERI, C. M. Atenção farmacêutica no uso de métodos contraceptivos,

Monografia (Pós-graduação) do Centro Universitário Filadélfia de Londrina - UNIFIL,

Londrina. 2011. Disponível em: <http://web.unifil.br/pergamum/vinculos/000003/0000 03F7.pdf>.Acesso em 19 de fev. de 2019.

SCHMITZ, A. C.; SECCO, M. B.; PINHEIRO, T. R.; CAMPOS, A. C.; ALMEIDA, H. Conhecimento De Adolescentes Acerca Da Contracepção De Emergência. Catussaba – Revista Cientifica da Escola de Saúde. n.1, 2013/2014.Disponível em:< https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/sustinere/article/view/25018>. Acesso em 30 de out. de 2019.

SILVA, P. Farmacologia. 7ª. Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2006

SOUZA, G. G., et al. Conhecimento e uso de Anticoncepcionais Hormonais: O que é certo ou errado? Revista Temas em Saúde. v 16, n 4, p 208-2011, 2016.Disponível em:< http://temas emsaude.com/wp-content/uploads/2017/01/16414.pdf>. Acesso em 05 de out. de 2019.

SOUZA, L. K.; LIMA, F. T. R. Interação Medicamentosa entre Anticoncepcionais Orais Hormonais combinados e antibióticos. Centro Universitário de Brasilia, Brasília-DF, 2015. Disponível em:<http://co.unicaen.com.br:89/periodicos/index.php/UNICA/ article/view/57>.Acesso em 11 de mar. de 2019.

SOUZA, R. Q. M., et.al. Avaliação do Conhecimento e da Prática Anticoncepcional de

Universitárias de Enfermagem relacionando com o nível de formação. Revista Panorâmica On-Line, Barra do Garças - MT, v.17, p. 65 – 80, ago/dez. 2014.Disponível em:<

http://revistas.cua.ufmt.br/revista/index.php/revistapanoramica/article/download/594/233>. Acesso em 29 de set. de 2019.

STECKERT, A. P. P.; NUNES, S. F.; ALANO, G. M. Contraceptivos hormonais orais: utilização e fatores de risco em universitárias. Arquivos Catarinenses de Medicina. 2016; 45(1):78-92. Disponível em:< http://www.acm.org.br/acm/seer/index.php/arquivos/article/view/64>. Acesso em 05 de out.de 2019.

TAVARES, L. S.; LEITE, I. C.; TELLES, F. S. P. Necessidade insatisfeita por métodos

anticoncepcionais no Brasil. Rev Bras Epidemiol, v. 10, n.2, p. 139-48, 2007. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rsp/v50s2/pt_0034-8910-rsp-s2-S01518-87872016050006176.pdf>. Acesso em 02 de set.de 2019.

VIEIRA, L. M., et al. Reflexões sobre a anticoncepção na adolescência no Brasil. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant, Recife, v. 6, n. 1, p. 135-40, jan./mar. Acesso em:<https://dialnet.uni rioja.es/descarga/articulo/5617710.pdf>.Acesso em 05 de nov.de 2019.

VIKTOR, M. Pílula causa trombose? Revista online Viva Saúde, ed. 50, 2007.Disponível em:<http://revistavivasaude.uol.com.br/edicoes/50/artigo54700-1.asp/, 2007 >. Acesso em 10 de mar. de 2019.

WANNMACHER, L. Anticoncepcionais Orais: o que há de novo. OPAS: Brasília,

Disponível em:<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/HSE_URM_ANT_ 1203.pdf>. Acesso em 27 de mar.de 2019.

Downloads

Publicado

11-05-2023

Como Citar

Oliveira, R. C., Silva, F. W. L., de Melo, A. T., de Pinho, L. L., da Silva Filho, J. D., Monteiro, D. L. M., … Nunes, R. de M. (2023). USO DE ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS (ACH) POR MULHERES EM UMA FARMÁCIA COMUNITÁRIA NO MUNICÍPIO DE JAGUARUANA-CE. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(4), 2065–2084. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i4.2023-029

Edição

Seção

Artigos