AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTITUMORAL, FRENTE AO SARCOMA 180, DO EXTRATO BRUTO DE LUFFA OPERCULATA COGN. (CUCURBITACEAE)

Autores

  • Rebeka Caribé Badin
  • Liliane Rosa Alves Manaças
  • Ivone Antônia de Souza

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i7.2023-037

Palavras-chave:

Luffa Operculata Cogn, Atividade Antimicrobiana, Sarcoma 180

Resumo

Luffa operculata Cogn. pertence à família Cucurbitaceae, sendo popularmente denominada como buchinha, cabaçinha e purga-dos-paulistas. Sua análise fitoquímica demonstrou a presença de glicosídeos, saponina e resina, esteróis livres, ácidos orgânicos, fenóis e, com ausência de taninos. Além disso, essa família é produtora de triterpenos com esqueletos modificados denominados de cucurbitacinas, substâncias de alto valor farmacológico. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antimicrobiana e antitumoral, frente ao Sarcoma 180, do extrato bruto da Luffa operculata Cogn.. No ensaio antimicrobiano foram utilizadas espécimes bacterianas e fúngicas da origem clínica e de coleção. Para analisar a atividade antitumoral, células tumorais foram implantadas na região axilar de camundongos albinos Swiss (Mus musculus). O grupo controle recebeu solução salina 0,9% e no grupo padrão administrou-se metotrexato (10 mg/kg de peso corpóreo). Os grupos tratados receberam por via intraperitoneal doses nas concentrações de 0,3, 0,6 ou 1,0 mg/kg de peso corpóreo do extrato bruto etanólico de Luffa operculata Cogn.. Os resultados demonstraram que o extrato do Luffa operculata Cogn. apresenta atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Staphylococcus epidermidis, Candida albicans e Candida tropicalis. No que diz respeito a atividade antitumoral, os animais tratados com o extrato nas doses 0,3 e 0,6 mg/kg não apresentaram redução relevante dos tumores de Sarcoma 180, quando comparado com o grupo controle. Entretanto, os animais tratados com a dose 1,0 mg/kg obtiveram índice de inibição de 61,7%. Dessa forma, concluímos que o extrato bruto de Luffa operculata Cogn. apresenta atividade antimicrobiana e, na dose de 1 mg/kg, apresenta atividade antitumoral reduzindo significativamente os tumores de Sarcoma 180.

Referências

ABOH, M. I. et al. Phytochemical screening and antifungal activity of leaves extracts of Luffa cylindrica (Roem). African Journal of Microbiology Research, v. 11, n. 47, p. 1681-1687, 2017. Disponível em: https://academicjournals.org/journal/AJMR/article-full-text-pdf/30241CE55263. Acesso em: 10 jan. 2023.

ALONSO, J. R. Tratado de Fitomedicina: bases clínicas y farmacológicas. 1. ed. Buenos Aires: Isis Ediciones SRL, 1998.1039p.

BEZERRA, D. P.; PESSOA, C.; MORAES, M. O. et al. In vivo growth-inhibition of Sarcoma 180 by piperlonguminine, an alkaloid amide from Piper species. Journal of Applied Toxicology, v.28, n.5, p.599-607, 2008. Disponível em: https://analyticalsciencejournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/jat.1311. Acesso em: 12 fev. 2023.

BROCK, A. C. et al. Estudo morfo-anatômico e abordagem fitoquimica de frutos e sementes de Luffa operculata (L) Cogn. Curcubitaceae.Visão Acadêmica, Curitiba, v. 4, n. 1, p. 31-37, 2004. Disponível em: revistas.ufpr.br/academica/article/view/520. Acesso em: 04 jan. 2023.

BULKA, N R et al. Preliminary evaluation of antioxidant and antimicrobial activities of Luffa Operculata (L.) Cong. extracts. Acta Scientiarum. Health Sciences, v. 42, p. 50847, 2020. Disponível em: https:// www.redalyc.org/journal/3072/307264461024/html/. Acesso em: 02 jan. 2023.

CACERES, A. Plantas de uso medicinal em Guatemala. Guatemala: Universitária, Universidade e San Carlos de Guatemala, 1996, p. 165-166.

CALIXTO, J. B. Biodiversidade como fonte de medicamentos. Ciência e Cultura, v. 55, n. 3, p. 37-39, 2003. Disponível em: htpps://cienciacultura.bvs.br. scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252003000300022. Acesso em: 04 jan. 2023.

CARIBÉ, R. A. Abordagem da atividade biológica do extrato de Luffa operculata Cogn. (Cucurbitaceae). 2008. 99f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas), Universidade Federal do Pernambuco. Disponível em: https://repositorio.ufpe.br/ bitstream/123456789/3202/1/arquivo2099_1.pdf. Acesso em: 28 dez. 2022.

CAVALCANTI, C. A.; DE ANDRADE, Y. V. S.; LIMA, C.G. Estudo etnobotânico sobre a contribuição do uso de plantas medicinais utilizadas no sítio frexeira velha, pertencente ao município de Pesqueira- PE. Brazilian Journal of Development, v. 6, n. 12, p. 94929-94940, 2020. Disponível: https:// brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/21083?cf_chl_tk=GNZPJ_kobHktRK82HhfYxiC6O54i1sMkSyUf9PfZe5A-1679092451-0-gaNycGzNCtA. Acesso em: 27 dez. 2022.

DA ROCHA GALUCIO, N. C. et al. Antiproliferative, genotoxic activities and quantification of extracts and cucurbitacin B obtained from Luffa operculata (L.) Cogn. Arabian Journal of Chemistry, v. 15, n. 2, p. 103589, 2022. Disponível em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1878535221006043. Acesso em: 03 jan. 2023.

DELGADO-TIBURCIO, E. E. et al. Pharmacokinetics and Biological Activity of Cucurbitacins. Pharmaceuticals, v. 15, n. 11, p. 1325, 2022. Disponível em: https:// www.mdpi.com/1424-8247/15/11/1325. Acesso em: 07 jan. 2023.

DE MORAES, S. BADIN, R. C. Perfil do uso de antifúngicos sistêmicos em uma Unidade de Terapia Intensiva de um hospital de alta complexidade. Research, Society and Development, v. 11, n. 6, p. e4711628385-e4711628385, 2022. Disponível em: https:// rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/28385. Acesso em: 07 jan. 2023.

DE VASCONCELOS, M. B; VILHENA, G. P.; MOTA, A. A. R. Câncer de mama: resistência no tratamento aos quimioterápicos. Conjecturas, v. 22, n. 14, p. 333-351, 2022. Disponível em: htpps://conjecturas.org/index.php/edicoes/article/view/1760. Acesso em: 29 dez. 2022.

EL-DIN, N. K. B. Protective role of sanumgerman against γ-irradiation–induced oxidative stress in Ehrlich carcinoma-bearing mice. Nutrition research, v. 24, n. 4, p. 271-291, 2004. Disponível em: htpps:// www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0271531703002422. Acesso em: 11 fev. 2023.

FERREIRA, P. M. P.; DA COSTA, P. M.; COSTA, A. M. et al. Cytotoxic and toxicological effects of phthalimide derivatives on tumor and normal murine cells. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v.87, n.1, p.313-330, 2015. Disponível em: https://www.scielo.br/j/aabc/a/Rf5L4Xrj3hZmXxBdmFQwQyB/?lang=en. Acesso em: 11 fev. 2023.

GORRIL, L. E. et al. Risco das plantas medicinais na gestação: uma revisão dos dados de acesso livre em língua portuguesa. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 20, n. 1, 2016. Disponível em: https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/5515. Acesso em: 10 jun. 2023.

LIU, P. et al. Cucurbitacin B induces the lysosomal degradation of EGFR and suppresses the CIP2A/PP2A/Akt signaling axis in gefitinib-resistant non-small cell lung cancer. Molecules, v. 24, n. 3, p. 647, 2019. Disponível: htpps://www. ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6384961/. Acesso em: 26 jan. 2023.

SANTOS, J. R. et al. Plantas medicinais utilizadas para tratamento da sinusite no Brasil: uma revisão de literatura. Scientia Generalis, v. 3, n. 1, p. 144-159, 2022. Disponível em: http://scientiageneralis.com.br/index.php/SG/article/view/389. Acesso em: 8 jan. 2023.

SCALIA, R. A. et al. Atividade antimicrobiana in vitro da Luffa operculata. Brazilian Journal of Otorhinolaryngology, v. 81, p. 422-430, 2015. Disponível em: https://www. bjorl.org//pt-atividade-antimicrobiana-in-vitro-da-articulo-X2530053915429011. Acesso em: 14 mar. 2023.

SALVIANO, P. A. Revisão sobre o uso terapêutico da Luffa operculata Cogniaux (CABACINHA). Rev. Bras. Med., v. 49, n. 9, p 672-4, 1992. Disponível em: https://oldfiles.bjorl.org./ conteudo/acervo/print_acervo.asp?id=3203. Acesso em: 14 mar. 2023.

SILVA, A. L. et al. Luffa operculata seed proteins: Identification by LC-ESI-MS/MS and biotechnological potential against Candida albicans and C. krusei. Analytical Biochemistry, v. 655, p. 114851, 2022. Disponível em: https://linkinghub.elsevier.com/retrieve/pii/S0003-2697(22)00311-6. Acesso em: 2 mar. 2023.

SILVA, E. C. B. Avaliação da Caesalpinia echinata Lam. (Fabaceae – Caesalpinioideae) Uso e riscos. 2007.100f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas), Universidade Federal do Pernambuco. Disponível em: htpps:// repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/3285/2/IVAB%20-%20PROTEGIDO.pdf. Acesso em: 03 jan. 2023.

VASCONCELOS, I. S.; CAMPOS, J. C.; CARTÁGENES, S. C. Uso de antibióticos e a resistência bacteriana: análise do perfil de conhecimento de estudantes do ensino superior. Research, Society and Development, v. 11, n. 16, p. e373111638492-e373111638492, 2022. Disponível em: htpps:// rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/38492. Acesso em: 02 fev. 2023.

VASQUES, C.A. V. VASQUES, N. V.; ARRAES, L. A., GELLER, M. Revisão farmacognóstica da cabacinha (Luffa operculata Cong.). F MED. (BR), v. 93, n. 3, p. 185-7, 1986.

Downloads

Publicado

24-07-2023

Como Citar

Badin, R. C., Manaças, L. R. A., & de Souza, I. A. (2023). AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIMICROBIANA E ANTITUMORAL, FRENTE AO SARCOMA 180, DO EXTRATO BRUTO DE LUFFA OPERCULATA COGN. (CUCURBITACEAE). Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(7), 3815–3829. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i7.2023-037

Edição

Seção

Artigos