CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS

Autores

  • Suzany Helena da Silva Candido Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Rebeka Caribé Badin Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Vivian Nascimento Pereira Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Gretry Preacy Vieira de Andrade Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Marcelo Campese Universidade Federal do Amazonas (UFAM)
  • Tanise Vendruscolo Dalmolin Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i9.2023-008

Palavras-chave:

Reconciliação de Medicamentos, Segurança do Paciente, Serviço de Farmácia Hospitalar, Neurologia

Resumo

Esse trabalho teve como objetivo identificar as discrepâncias medicamentosas, por meio do serviço de conciliação de medicamentosa, em pacientes admitidos na clínica cirúrgica de uma unidade especializada no atendimento de doença relacionadas ao sistema neuromuscular na cidade de Manaus, Amazonas. Trata-se de um estudo descritivo e prospectivo, realizado no período de setembro a dezembro de 2020 em pacientes submetidos a conciliação medicamentosa. Na primeira etapa realizou-se a anamnese farmacêutica em formulário semiestruturado e foi elaborada a melhor história possível de medicamentos (MHPM). Os medicamentos prescritos na admissão foram comparados com a MHPM e as discrepâncias foram identificadas e classificadas quanto a intencionalidade e tipo. Ao total 54 pacientes foram incluídos no estudo, sendo que para 32 foi realizada a conciliação medicamentosa por usarem medicamentos de uso contínuo. Foram identificadas 20 discrepâncias intencionais, 3 discrepâncias intencionais não documentadas e 12 discrepâncias não intencionais. Omissão de medicamentos foi o tipo de discrepância mais comum (86%). Diante do exposto, concluímos que a conciliação medicamentosa mostrou-se um importante recurso para identificação de discrepâncias na transição de cuidado de pacientes com doenças neurológicas, principalmente no que se refere à omissão de medicamentos. As intervenções farmacêuticas a partir das discrepâncias encontradas, conseguiram mitigar erros de medicação e possíveis eventos adversos, aumentando a segurança do paciente.

Referências

AMERICAN SOCIETY OF HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS (ASHSP), Joint Commission on Accreditation of Healthcare Organizations. Medication reconciliation handbook, 2ª edição. Oakbrook Terrace IL; Joint Commission Resources, 2009. Dispo-nível em: https://psnet.ahrq.gov/issue/medication-reconciliation-handbook-2nd-edition. Acessado em 10 de março. 2023.

BARNSTEINER, J. H. Medication Reconciliation. Patient Safety and Quality: An Evi-dence-Based Handbook for Nurses. Agency for Healthcare Research and Quality, EUA, 2008. Capítulo 38. Disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK2648. Acesso em: 03 de julho. 2023.

BELDA-RUSTARAZO, S. et al. Medication reconciliation at admission and discharge: An analysis of prevalence and associated risk factors. International Journal of Clinical Practice, v. 69, n. 11, p. 1268–1274, 2015.

CHUNG, C. et al. Medication reconciliation: Predictors of risk of unintentional medica-tion discrepancies in the cardiology department. Archives of Cardiovascular Diseases, v. 112, n. 2, p. 104–112, 2019.

CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA - CFF. Farmácia Hospitalar: coletâneas de práticas e conceitos. 2017. Disponível em: https://admin.cff.org.br/src/uploads/publicacao/arquivo/7cd12b8938f117a293db20a32f52c385886598fa.pdf. Acessado em 25 de Agosto. 2022.

DA SILVA, A. P. et al. A farmacovigilância na reabilitação fonoaudiológica de pacien-tes com doenças neurológicas. O Mundo da Saúde, v. 32 n. 2, p. 229–237, 2008.

DEMETRIOU, C. et al. Hawthorne effect on surgical studies. ANZ Journal of Sur-gery, v. 89, n. 12, p. 1567–1576, 2019.

EIDELWEIN, C. R; SANCHES, A. C.; CALDEIRA, L. F. Medication reconciliation in orthopedic and neurological patients in a public hospital. Revista Brasileira de Far-mácia Hospitalar e Serviços de Saúde, v. 11, n. 3, p. 354–354, 2020.

GUO, Q. et al. The role of clinical pharmacist trainees in medication reconciliation pro-cess at hospital admission. International Journal of Clinical Pharmacy, v. 42, n. 2, p. 796–804, 2020.

INSTITUTE FOR HEALTHCARE IMPROVEMENT - IHI. How-to Guide: Prevent Adverse Drug Events by Implementing Medication Reconciliation. 2011. Disponível em: http://www.ihi.org/resources/Pages/Tools/HowtoGuidePreventAdverseDrugEvents.aspx. Acessado em: 24 de maio. 2023.

KARAOUI, L. R, et al. Impact of pharmacy-led medication reconciliation on admission to internal medicine service: Experience in two tertiary care teaching hospitals. BMC Health Services Research, v. 19, n. 1, p. 493, 2019.

LIU, J. et al. Cost-Benefit Analysis of Transitional Care in Neurosur-gery. Neurosurgery, v. 85, n. 5, p. 672–679, 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30272201.

LOUISELLE, K. et al. Medication Discrepancy Risk Factors for Pediatric Patients with Epilepsy at Hospital Admission. The Journal of Pediatric Pharmacology and Thera-peutics, v. 26, n. 4, p. 384–394, 2021.

MALANOWSKI, L. V. et al. Atenção farmacêutica e farmacoterapia do idoso: uma revisão integrative. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 6, p. 2817-2832, 2023.

MEKONNEN, A. B; McLACHLAN, A. J; BRIEN, J. Effectiveness of pharmacist-led medication reconciliation programmes on clinical outcomes at hospital transitions: A systematic review and meta-analysis. BMJ Open, v. 6, n. 2, p. e010003, 2016.

MUELLER, S. K. et al. Hospital-based medication reconciliation practices: a systematic review. Archives of internal medicine, v. 172, n. 14, p. 1057–1069, 2012.

NACHAR, C. et al. Medication reconciliation in a Swiss hospital: Methods, benefits and pitfalls. European Journal of Hospital Pharmacy, v. 26, n. 3, p. 129–134.

RENAUDIN, A. et al. Impact of a preoperative pharmaceutical consultation in sched-uled orthopedic surgery on admission: A prospective observational study. BMC Health Services Research, v. 20, n. 747. 2020.

RODRIGUES, J. P. V. et al. Analysis of clinical pharmacist interventions in the neurol-ogy unit of a Brazilian tertiary teaching hospital. PlosOne, v. 14, n. 1, p. e0210779.

WERREMEYER, A. et al. Impact of pharmacists on outcomes for patients with psychi-atric or neurologic disorders. Mental Health Clinician, v. 10, n. 6, p. 358–380, 2020.

WORLD HEALTH ORGANIZATION - WHO. The High 5s Project: Standard Op-erating Protocol - Assuring Medication Accuracy at Transitions in Care. 2014. Dis-ponível em: https://www.who.int/patientsafety/implementation/solutions/high5s/h5s- sop.pdf. Acessado em: 11 de abril. 2023.

Downloads

Publicado

20-09-2023

Como Citar

Candido, S. H. da S., Badin, R. C., Pereira, V. N., de Andrade, G. P. V., Campese, M., & Dalmolin, T. V. (2023). CONCILIAÇÃO MEDICAMENTOSA EM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO: ESTRATÉGIA DE SEGURANÇA EM PACIENTES NEUROCIRÚRGICOS. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(9), 5004–5016. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i9.2023-008

Edição

v. 27 n. 9 (2023)

Seção

Artigos

Licença

Copyright (c) 2023 Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

 

Os Direitos Autorais para artigos publicados são de direito da revista. Em virtude da aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com Creative Commons Attribution 4.0 International License.

A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua e a credibilidade do veículo. Respeitará, no entanto, o estilo de escrever dos autores.

Alterações, correções ou sugestões de ordem conceitual serão encaminhadas aos autores, quando necessário. Nesses casos, os artigos, depois de adequados, deverão ser submetidos a nova apreciação.

As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.