CONSERVAÇÃO DE PEÇAS ANATÔMICAS EM CLORETO DE SÓDIO: UM ESTUDO COM PRODUTO DE FECUNDAÇÃO

Autores

  • Marcela Fernandes Travagim
  • Gabrieli Fernandes Travagim
  • Célia Maria Gomes Labegalini
  • Franciele Mara Lucca Zanardo Bohn
  • Hélito Volpato

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i3.2023-022

Palavras-chave:

Conservação, Anatomia Humana, Laboratório de Anatomia

Resumo

Introdução: Os materiais de origem humana geralmente são conservados em formaldeído, para possibilitar o estudo da anatomia humana, tal conservante possui baixo custo e boa fixação, contudo é toxico. Diante do exposto é necessário, o estudo de outros métodos de conservação, menos prejudiciais, como a solução de NaCl 30%. Objetivo: Comparar a conservação de peças anatômicas em solução de NaCl à 30% e formaldeído a 10%. Método: Pesquisa experimental, exploratória e descritiva, realizada com dois produtos de abortamento, no laboratório de anatomia de uma universidade pública, no estado do Paraná/BR. Foi realizada fixação em solução de formol 10%, em seguida uma amostra foi lavado em água corrente e armazenado em solução de NaCl à 30%. Após 6 meses da conservação em solução salina, foram coletadas amostras, estas foram submetidas a análise de crescimento bacteriano. Avaliou-se tonalidade e turgor cutâneo, odor e peso, bem como crescimento bacteriano. O estudo seguiu os preceitos éticos (CAAE: 53740121.9.0000.9247). Resultados: Foram realizadas observações após 24h, 7, 30, 60, 90 e 180 dias. O feto em solução de NaCl não possui odor, e diminuição do turgor da pele. Ambas a amostras não apresentaram crescimento bacteriano. Considerações finais: A solução de NaCl a 30% desidrata a pele, mas não altera significativamente a forma e estrutura, ainda não possui odor e nem toxicidade, o que garante benefícios a saúde de quem os manipula, bem como tal concentração de NaCl inibe de forma efetiva o crescimento bacteriano nos tecidos e na própria solução, se demostrando eficaz na conservação.

Referências

AGUIAR, M. S.; BERNARDO, E. D. S.; COSTA, F. N. High sodium intake: impact on the health of the adult brazilian population. RSD, v. 10, n. 14, p. e440101422132, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.22132

ALVES JUNIOR, S. S. Análise biomecânica em cadáveres de cães submetidos a fixação por meio de diferentes protocolos e análise microbiológica da solução de conservação visando ao ensino de anatomia e da cirurgia veterinária. 2022. 71 f. Tese (Doutorado em Cirurgia Veterinária) – Repositório Institucional UNESP – Universidade Estadual Paulista, Jaboticabal, 2022. Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/216979

BERNARDO, A. F. C.; SANTOS, K.; SILVA, D.P. Pele: alterações anatômicas e fisiológicas do nascimento à maturidade. Revista Saúde em foco, v. 1, n. 11, p. 1221-33, 2019.

BOFF, T. C. et al. O uso da tecnologia no ensino da anatomia humana: revisão sistemática da literatura de 2017 a 2020. Medicina (Ribeirão Preto), v. 53, n. 4, p. 447-455, 2020. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2176-7262.v53i4p447-455

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 306, de 7 de Dezembro de 2004. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Diário Oficial da União, Brasília-DF. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/res0306_07_12_2004.html

DIAS, N.B. et al. A utilização do código de quick response no ensino da anatomia humana do aparelho locomotor. Arq. Cienc. Saúde UNIPAR, v. 24, n.2, p. 113-116, 2020. DOI: https://doi.org/10.25110/arqsaude.v24i2.2020.7646

FONTOURA, E. L. L. et al. Conservação de peças anatômicas: vantagens e desvantagens de diferentes métodos. Rev. Uningá, v. 57, n. 2, p. 34-46, 2020. Disponível em: https://revista.uninga.br/uninga/article/view/2942

GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2017. 176 p.

INÁCIO, M. C. P. et al. Conservação de carcaças a base de formáldeido comparando a eficácia do armazenamento sob refrigeração e em solução aquosa de cloreto de sódio a 30%. Rev. Vale, v. 16, n. 1, p. 1517-0276, 2018. DOI: http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v16i1.4641

LIPPI, I. C. et al. Biomechanical analysis of jejunum of dogs´ corpses subjected to fixation in formaldehyde and preservation in sodium chloride aqueous solution. Acta Scientiae Anatomica, v. 1, n. 4, p. 248-53, 2021. Disponível em: http://actasanatomica.com/journal/index.php/asa/article/view/65

OLIVEIRA, F. S. Assessing the effectiveness of 30% sodium chloride aqueous solution for the preservation of fixed anatomical specimens: a 5-year follow-up study. Journal of anatomy, v. 225, n. 1, p. 118-21, 2014. DOI: https://doi.org/10.1111/joa.12185

PENHA, N. M. et al. Uso de peças cadavéricas e modelos sintéticos no ensino da anatomia nos cursos de enfermagem. Rev Enferm UFSM, v. 10, p. e35, 2020. DOI: https://doi.org/10.5902/2179769235146

SILVA, A. F. Manutenção de peças anatômicas submetidas a diferentes concentrações de formaldeído associado ou não a cloreto de sódio. 2011. 33f. Relatório de Pesquisa (Iniciação Científica) - Universidade Federal do Amazonas (UFA), Manaus, 2011. Disponível em: https://riu.ufam.edu.br/handle/prefix/1956

SILVA, G. R. et al. Métodos de conservação de cadáveres humanos utilizados nas faculdades de medicina do Brasil. Rev. Med., v. 95, n. 4, p. 156-61, 2016. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v95i4p156-161

SOUZA, E. C. et al. Uso de solução salina saturada na conservação de peças cadavéricas. SIEPE, v. 13, n. 3, 2021. Disponível em: https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/SIEPE/article/view/110570

VASCONCELOS, M. A. S.; MELO FILHO, A. B. Conservação de alimentos. Recife (PE): EDUFRPR. 2010. 122 p. Disponível em: http://proedu.rnp.br/bitstream/handle/123456789/316/Cons_Alimentos.pdf?sequence=2&isAllowed=y

Downloads

Publicado

14-04-2023

Como Citar

Travagim, M. F., Travagim, G. F., Labegalini, C. M. G., Bohn, F. M. L. Z., & Volpato, H. (2023). CONSERVAÇÃO DE PEÇAS ANATÔMICAS EM CLORETO DE SÓDIO: UM ESTUDO COM PRODUTO DE FECUNDAÇÃO. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(3), 1388–1405. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i3.2023-022

Edição

Seção

Artigos