CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE NO MANEJO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA

Autores

  • Eldia dos Santos Araújo
  • Laís Vitorino de Sousa
  • Brunna Hellen Saraiva Costa
  • Rafael Santos de Araújo Padilha
  • Ícaro Caio Pereira Gomes
  • Eduard Dutra Dantas
  • Danilo Marques Aureliano Sousa
  • Karla Giovanna Costa Dias
  • Camila de Alencar Pereira

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-043

Palavras-chave:

Psicanálise, Crianças, Transtorno do Espectro Autista

Resumo

Em todo o mundo, as pessoas com Transtorno do Espectro Autista são discriminadas e têm seus direitos violados. Estima-se que uma em cada 160 crianças possuem o distúrbio e os estudos indicam o aumento globalizado da prevalência do Espectro. A psicanálise é conhecida por ser uma clínica do sujeito, e em crianças com TEA, se coloca no lugar de respeito ao jeito de ser de cada indivíduo, independentemente de sua patologia. As intervenções psicossociais com base nas teorias psicanalíticas são uma forma de reduzir as angústias vividas pelo sujeito, às dificuldades de comunicação e convívio social, melhorando a qualidade de vida. Desse modo, a presente pesquisa buscou compreender como a técnica psicanalítica pode contribuir no manejo de crianças com TEA. Para isto foi realizado um estudo de caráter descritivo e qualitativo com 12 psicanalistas que atendem crianças com o espectro. As entrevistas e dados sociodemográficos foram analisados com auxílio do IRAMUTEQ e do SPSS 21.0, respectivamente. Após a análise, as palavras puderam ser agrupadas em dois grandes eixos. O primeiro caracterizando o processo de evolução, onde a importância da família é ponto chave, e o segundo, relacionado ao lugar do psicanalista na direção da análise, caracterizando as especificidades do tratamento, do manejo e linguagem desta demanda. Pode-se perceber que as entrevistas explanaram as vivências da prática clínica, além de um tratamento possível e que mostra resultados no atendimento psicanalítico de crianças diagnosticadas ou em processo de diagnóstico do TEA.

Referências

ALVARENGA, A. L. S; ORRÚ, S. E; SILVA, V. Os desdobramentos da iatrogenia na vida escolar da criança: reflexões sobre avaliação, diagnóstico e prevenção para uma escola não excludente. In: ENCONTRO DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PESQUISADORES EM EDUCAÇÃO ESPECIAL, n. 7, 2013. Londrina. Anais... Londrina: sd. p. 3212-3219.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual diagnóstico e estatístico de

transtornos mentais: DSM-5. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Linha de cuidado para a atenção às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo e suas famílias na Rede de Atenção Psicossocial do SUS. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2015.

CATÃO, I.; VIVÈS, J. M. Sobre a escolha do sujeito autista: voz e autismo. Estudos de Psicanálise. Belo Horizonte - MG, n. 36, p. 83-92, Dez 2011.

CAVALCANTI, A. E.; ROCHA, P. S. Autismo: Construções e desconstruções. Ed. 3, rev. 3. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2007.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Dieese divulga pesquisa sobre a inserção de psicólogos (as) no mercado de trabalho. Notícias. 2016. Disponível em: <https://site.cfp.org.br/wp content/uploads/2016/08/Relat%C3%B3rio-final- Projeto-2-1.pdf.> Acesso em: 25 de Novembro de 2019.

KLEIN, D.; NASCIMENTO, F. C.; SEGURA, D. C. A. Estudo do conhecimento clínico dos profissionais da fisioterapia no tratamento de crianças autistas. v. 15, n. 2. p, 1-7, 2011.

KLEIN, D.; NASCIMENTO, F. C.; SEGURA, D. C. A. Estudo do conhecimento clínico dos profissionais da fisioterapia no tratamento de crianças autistas. Rer. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 15, n. 2. p, 1-7, 2011. Disponível em: <https://revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/3711/2411> Acesso em: 30 abr 2023.

KUPFER, M. C. Sobre o jeito cepepeliano de avançar na construção de uma clínica psicanalítica. Rev. latinoam. psicopatol. fundam. São Paulo, p. 154-157, 1998. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rlpf/v1n1/1415-4714-rlpf-1-1-0154.pdf> Acesso em: 15 nov. 2019.

MARCELLI, D. Manual de psicopatologia da infância de Ajuriaguerra. Ed. 5. Porto Alegre: Artimed, 2007.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE (OPAS)/ ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS). Transtorno do Espectro Autista. Folha informativa, 2017. Disponível em: <https://www.paho.org/bra/index.php?Itemid=1098> Acesso em: 09 Abr. 2019.

PENOT, B. Todos avatares da transferência no hospital-dia. Estilos da clínica, v. 7, n. 13, p. 18-31, 2002.

PRODANOV, C. C.; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Ed. 2. Novo Hamburgo: Feevale, 2013.

SANTOS, F. Uma mesa e um café: corpo e objeto na prática clínica frente à demanda de autismo. In: GONZAGA, K.; ANDRADE, F. (Orgs.). Psicanálise(s): teoria, cultura e clínica. Curitiba: CRV, 2016.

SOUSA, F. M. de A. Clínica Psicanalítica com os Autistas: uma Possível Direção do Tratamento. Psicologado. Edição 04/2016. Disponível em: <https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/a-clinica-psicanalitica-com-os-autistas-uma-possivel-direcao-do-tratamento> Acesso em: 3 Out. 2019.

TENDLARZ, S. E. Lacan e o autismo em nossa época. Opção Lacaniana online, s. l.,v.,n. 23, p. 1-9, 2017.

VIARO, R. V.; GUIRADO, M.; ALBANESE, L. Subjetivação na formação em Psicanálise: uma análise institucional de discurso. Fractal: Revista de Psicologia, v. 28, n. 2, p. 275-284, maio-ago. 2016.

Downloads

Publicado

26-05-2023

Como Citar

Araújo, E. dos S., de Sousa, L. V., Costa, B. H. S., Padilha, R. S. de A., Gomes, Ícaro C. P., Dantas, E. D., … Pereira, C. de A. (2023). CONTRIBUIÇÕES DA PSICANÁLISE NO MANEJO DE CRIANÇAS COM TRANSTORNOS DO ESPECTRO AUTISTA. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(5), 2799–2816. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-043

Edição

Seção

Artigos