TENDÊNCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE POR CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2000 E 2020

Autores

  • Marcello Augusto Anchieta Santos Filho
  • Richard Almeida Baiense Mellis
  • Sidney Augusto Silva Passos
  • João Pedro Rodrigues Pinto
  • Lucas Nascimento Severo
  • Livia Amorim Porto

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i7.2023-034

Palavras-chave:

Neoplasias de Cabeça e Pescoço, Mortalidade, Epidemiologia

Resumo

Analisar a tendência temporal de mortalidade por câncer de cabeça e pescoço no Brasil e em suas regiões geográficas entre os anos de 2000 a 2020. Métodos: Foram analisados os números de óbitos por neoplasias malignas de cabeça e pescoço (CID-10: C00-C14; C30-C32) disponibilizados no portal oficial do Ministério da Saúde do Brasil para o período, bem como os dados sobre população residente. O padrão temporal e geográfico foi analisado através da taxa de mortalidade padronizada por idade (TMPI) e avaliado em modelo de regressão por pontos de inflexão. Resultados: No Brasil, a TMPI permaneceu estável independente do sexo (AAPC: -0,3; IC95: -1,0-0,3) no período avaliado. O estudo das regiões brasileiras evidenciou crescimento médio da TMPI independente do sexo nas regiões Nordeste (AAPC: 2,8; IC95: 2,1-3,5) e Norte (AAPC: 1,3; IC95: 0,8-1,9), em oposição ao decréscimo anual médio no Sul (AAPC: -1,4; IC95: -2,7--0,3) e no Sudeste (AAPC: -1,5; IC95: -1,9--1,1). No Centro-Oeste, a TMPI também apresentou decréscimo anual médio no grupo feminino (AAPC: -1,8; IC95: -2,8--0,8), embora tenha permanecido estável no grupo masculino e independente do sexo. Considerações finais: A compreensão desses dados pode auxiliar o estudo e implementação de estratégias de enfrentamento para esse grupo de doenças de acordo com as necessidades específicas de cada grupo e região.

Referências

BIGONI, A. Describing mortality trends for major cancer sites in 133 intermediate regions of Brazil and an ecological study of its causes. BMC Cancer, v. 19. n. 1, 2019.

BRASIL, Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde-DATASUS. Disponível em https://datasus.saude.gov.br/informacoes-de-saude-tabnet/. Acesso em 15 dezembro de 2022.

CHATURVEDI, A. et al. Incidence trends for human papillomavirus-related and -unrelated oral squamous cell carcinomas in the United States. Journal of Clinical Oncology, v. 26, n. 4, 2008.

CLAYTON, J.; TANNENBAUM, C. Reporting Sex, Gender, or Both in Clinical Research?. The Journal of the American Medical Association, v. 316, n. 18, 2016.

COHEN, N.; FEDEWA, S.; CHEN, A. Y. Epidemiology and Demographics of the Head and Neck Cancer Population. Oral and Maxillofacial Surgery Clinics of North America, v. 30, 2018.

CUBERO, D. et al. Epidemiological profile of Brazilian oncological patients seen by a reference oncology center of the public health system and who migrate in search of adequate health care. Revista da Associação Médica Brasileira, v. 64, 2018.

CUNHA, A. et al. The impact of inequalities and health expenditure on mortality due to oral and oropharyngeal cancer in Brazil. Scientific reports, v. 11, n. 1, 2021.

CUNHA, A.; PRASS, T.; HUGO, F. Mortality from oral and oropharyngeal cancer in Brazil, between 2000 and 2013: trends by sociodemographic strata. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 8, 2020.

DÖBROSSY, L. Epidemiology of head and neck cancer: magnitude of the problem. Cancer and Metastasis Reviews, v. 24, n. 1, 2005.

GARCIA, L. FREITAS, L. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, n. 2, 2015.

GOLDEMBERG, D. et al. Tongue cancer epidemiology in Brazil: incidence, morbidity and mortality. Head and Neck, v. 40, n. 8, 2018.

HASHIBE, M. et al. Evidence for an important role of alcohol-and aldehyde-metabolizing genes in cancers of the upper aerodigestive tract. Cancer Epidemiology, Biomarkers & Prevention, v. 15, n. 4, 2006.

KANGWEN, G. et al. Epidemiological Trends of Head and Neck Cancer: A Population-Based Study. BioMed Research International, v. 2021, 2021.

KOIFMAN, S. et al. Tumores malignos relacionados com o trabalho. In: Mendes R. (Org.). Patologia do Trabalho. São Paulo: Atheneu, 2013.

LOPES, A.; CHAMMAS, R.; IYEYASU, H. Oncologia para Graduação. 3. ed. São Paulo: Lemar, 2013.

MALTA, D. et al. Uso e exposição à fumaça do tabaco no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013.GARCIA, L. FREITAS, L. Consumo abusivo de álcool no Brasil: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, n. 2, 2015.

MARUR, S.; FORASTIERE, A. Head and neck cancer: changing epidemiology, diagnosis, and treatment. Mayo Clinic Proceedings, v. 83, n. 4, 2008.

POLDERMAN, T. et al. The Biological Contributions to Gender Identity and Gender Diversity: Bringing Data to the Table. Behavior genetics, v. 48, n. 2, 2018.

ROMAGNA, D. et al. Incidence and mortality rates of lip, oral cavity, and pharynx cancers in Brazil: time-trend and age-period-cohort analysis from the last 30 years, Global Burden of Disease Study. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 55, s. I, 2022.

SILVA, S.; MIRANDA, A. Prevalência do tabagismo na adolescência: uma revisão integrativa de literatura. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, v. 27, n. 4, 2023.

TOURINHO-BARBOSA, R.; POMPEO, A.; GLINA, S. Prostate cancer in Brazil and Latin America: epidemiology and screening. International Brazilian Journal of Urology, v. 42, n. 6, 2016.

WANG, M. et al. Molecular epidemiology of DNA repair gene polymorphisms and head and neck cancer. The Journal of Biomedical Research, v. 27, n. 3, 2013.

Downloads

Publicado

21-07-2023

Como Citar

Santos Filho, M. A. A., Mellis, R. A. B., Passos, S. A. S., Pinto, J. P. R., Severo, L. N., & Porto, L. A. (2023). TENDÊNCIA TEMPORAL DE MORTALIDADE POR CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO NO BRASIL ENTRE OS ANOS DE 2000 E 2020. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(7), 3773–3786. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i7.2023-034

Edição

Seção

Artigos