PANORAMA CLÍNICO, EPIDEMIOLÓGICO E ESPACIAL DA OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA BRASILEIRA

Autores

  • Edlainny Araujo Ribeiro
  • Juliana Lima Mendonça
  • Natasha Vitória Amorim Alves
  • Monique Valéria de Lima Carvalhal
  • Joicy Araujo Gomes Alves
  • Alanna Oliveira Teixeira

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i2.2023-026

Palavras-chave:

Saúde Única, Epidemiologia, Vigilância Epidemiológica, Análise Espacial

Resumo

Objetivo: Essa pesquisa teve como objetivo determinar o perfil clínico, epidemiológico e espacial da Leishmaniose Visceral, bem como, sua associação com o desmatamento nos municípios pertencentes ao 12º centro regional de saúde no Sudeste do Estado do Pará, Brasil de 2016 a 2020. Método: Trata- se de um estudo analítico ecológico, realizado com dados provenientes de 15 municípios do 12º Centro Regional de Saúde, obtidos por meio do banco de dados do Data-SUS-TABNET, através do SINAN. Resultados: Para o período do estudo foram notificados 415 casos de LV nos municípios analisados, o que correspondeu a uma média anual de 83 casos. O ano com maior número de notifi- cações foi 2017, apresentando 34,7%, sendo o município de Redenção com o maior número de casos. Conclusões: Portanto, há necessidade de ampliação das medidas de controle e vigilância da LV, com foco na notificação de casos, a fim de realizar a obtenção do panorama fidedigno da LV e elaborar estratégias mais assertivas para seu controle e mitigação.

Referências

ALVAR, J.; VÉLEZ, I. D.; BERN, C.; HERRERO, M.; DESJEUX, P.; CANO, J.; JANNIN, J.;

BOER, M. Leishmaniose em todo o mundo e estimativas globais de sua incidência. PloS One, v. 7,

n. 5, pág. e35671, 2012. Disponível em: http://doi.org/10.1371/journal.pone.0035671.

BATISTA, F. M.; SOUSA, R. A; AGUIAR, B. G.; IBIAPINA, A. B.; ALBUQUERQUE, L. P.;

MENDONÇA, V. J.; COSTA, C. H. Perfil epidemiológico e tendência temporal da leishmaniose visceral: Piauí, Brasil, 2008 a 2018. Cadernos de Saúde Pública, v. 37, n. 11, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.1590/0102-311X00340320.

BRASIL. Ministério da Saúde. Doenças tropicais negligenciadas. Brasília: DF, p. 60-65, 2021. Disponível em: http://www.gov.br/saude/pt-br. Acesso em: 20 set. 2022.

BRASIL. IBGE - INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Censo brasi-

leiro de 2010, Pará. Rio de Janeiro: 2021. Disponível em: http://www.cida- des.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?lang=&codmun= 150840& search=pa a/. Acesso em: 13 dez. 2021.

BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: DF, p. 503- 522, 2019. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_vigilancia_saude_3ed.pdf. Acesso em: 13 dez. 2021.

CHAVES, A. F.; COSTA, I. V.; BRITO, M. O.; SOUSA, N. F. A.; MASCARENHAS, M. D.

Leishmaniose visceral no Piauí, 2007-2019: análise ecológica de séries temporais e distribuição es- pacial de indicadores epidemiológicos e operacionais. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 31, n. 1, 2022. Disponível em: http://doi.org/10.1590/S1679-49742022000100013.

CLOOTS, K.; URANW, S.; OSTYN, B.; BHATTARAI, N. R.; LE RUTTE, E.; KHANAL, B.; PICADO, A.; CHAPPUIS, F.; HASKER, E.; KARKI, P.; RIJAL, S.; BOELAERT, M. Impact of

the visceral leishmaniasis elimination initiative on Leishmania donovani transmission in Nepal: a 10-year repeat survey. The Lancet Global Health, v. 8, n. 2, p. e237-e243, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.1016/S2214-109X(19)30536-4.

COELHO, G. E.; LEAL, P. L.; CERRONI, M. P.; SIMPLICIO, A. C.; SIQUEIRA, J. B. Sensitivity

of the Dengue Surveillance System in Brazil for Detecting Hospitalized Cases. PLoS Neglected Tropical Diseases, v. 10, n. 5, p. e0004705, 2016. Disponível em: http://doi.org/10.1371/jour- nal.pntd.0004705.

COTA, G.; ERBER, A. C.; SCHERNHAMMER, E.; SIMÕES, T. C. Inequalities of visceral leish- maniasis case-fatality in Brazil: A multilevel modeling considering space, time, individual and con- textual factors. PLOS Neglected Tropical Diseases, v. 15, n. 7, p. e0009567, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.1371/journal.pntd.0009567.

DONATO, L. E.; FREITAS, L. R. S.; DUARTE, E. C.; ROMERO, G. A. S. Visceral leishmaniasis

lethality in Brazil: an exploratory analysis of associated demographic and socioeconomic factors. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 53, n.1, p. 1-8, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.1590/0037-8682-0007-2020.

IBIAPINA, A. B.; BATISTA, F. M. A.; AGUIAR, B. G. A.; MENDONÇA, V. J.; COSTA, D. L.;

COSTA, C. H. N.; ABDALA C. V. M. Evidence map of diagnosis, treatment, prognosis, preven- tion, and control in visceral leishmaniasis. Pan American Journal of Public Health, v. 46, p. e89, 2022. Disponível em: http://doi.org/10.26633/ RPSP.2022.89.

KUPEK, E. How many more? Under-reporting of the COVID-19 deaths in Brazil in 2020. Tropical medicine & international health: TM & IH, v. 26, n. 9, p. 1019–1028, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.1111/tmi.13628.

MACKENZIE, J. S.; JEGGO, M. The One Health Approach-Why Is It So Important? Tropical Medicine and Infection Diseases, v. 4, n. 2, p. 88, 2019. Disponível em: http://doi.org/10.3390/tropicalmed4020088.

MAKONI, M. New threats to visceral leishmaniasis control. The Lancet Microbe, v. 2, n. 11, p.e574, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.1016/S2666-5247(21)00285-8.

MIRANDA, C. S. C.; BONITO, J.; OLIVEIRA, R. A. C.; GUEDES, J. A.; SANTOS, C.; OLI- VEIRA, J. S. S.; FILGUEIRAS, T. G.; OLIVEIRA, F. A.; GONÇALVES, N. V. Spatial distribu-

tion of human visceral leishmaniasis cases in Cametá, Pará, Eastern Amazon, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, v. 54, n.1, p.1-4, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.1590/0037-8682-0220-2021.

NEIDERUD, C. J. How urbanization affects the epidemiology of emerging infectious diseases. In- fection Ecology & Epidemiology, v. 5, p. 27060, 2015. Disponível em: http://doi.org/10.3402/iee.v5.27060

NEITZKE-ABREU, H. C.; COSTA, G. B.; DA SILVA, M. N.; PALACIO, E.; DA SILVA CAR-

DOSO, A.; DE ALMEIDA, P. S.; DA COSTA LIMA-JUNIOR, M. S. Distribuição geográfica da leishmaniose humana e flebotomíneos no Estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Vetores de para- sitas, v. 15, n. 227, p. 1-7, 2022. Disponível em: http://doi.org/10.1186/s13071-022-05353-0.

NEVES, D. P. Parasitologia humana. 13. ed. São Paulo: Atheneu, 2016.

NUNES, B. E. B. R.; LEAL, T. C.; PAIVA, J. P. S.; SILVA, L. F. D.; CARMO, R. F. D.; MA- CHADO, M. F.; ARAÚJO, M. D. P.; SANTOS, V. S.; SOUZA, C. D. F. Social determinants of

mortality due to visceral leishmaniasis in Brazil (2001-2015): an ecological study. Revista da Soci- edade Brasileira de Medicina Tropical, v. 53, n.1, p. 1-4, 2019. Disponível em: http://doi.org/10.1590/0037-8682-0262-2019.

OLIVEIRA, R. A. C.; MIRANDA, C. S.; GUEDES, J. A.; BICHARA, C. N.; PEREIRA, A. L.; MARTINS, C. N.; CABEÇA, A. L.; FILGUEIRAS, T. C.; FARIA, C. M.; GONÇALVES, N. V. A

leishmaniose tegumentar americana e seus fatores de riscos socioambientais no município de Tucu- ruí, Pará, Brasil: análise espacial e epidemiológica. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Mé- dica e da Saúde, v. 16, p. 386-396, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.14393/Hygeia16056928.

PASSOS, F. G. Desigualdade socioespacial e pandemia da COVID-19 na conurbação Belém-Ana- nindeua-Marituba, Pará. Confins, v.1, n. 52, 2021. Disponível em: http://doi.org/10.4000/con- fins.40774.

PRESTES-CARNEIRO, L. E.; DANIEL, L. A. F.; ALMEIDA, L. C.; D'ANDREA, L. Z.; VIEIRA,

A. G.; ANJOLETE, I. R.; ANDRÉ, L.; FLORES, E. F. Spatiotemporal analysis and environmental risk factors of visceral leishmaniasis in an urban setting in São Paulo State, Brazil. Parasites Vec- tors, v. 12, n. 1, p. 251, 2019. Disponível em: http://doi.org/10.1186/s13071-019-3496-6.

REIS, L. L.; BALIEIRO, A. A.; FONSECA, F. R.; GONÇALVES, M. J. Changes in the epidemiol-

ogy of visceral leishmaniasis in Brazil from 2001 to 2014. Revista da Sociedade Brasileira de Medi- cina Tropical, v. 50, n. 5, p. 638-645, 2017. Disponível em: http://doi.org/10.1590/0037-8682-0243-

ROCHA, M. B. M. Investigação epidemiológica da leishmaniose visceral no município de Sobral, Ceará de 2014 a 2018. SANARE - Revista de Políticas Públicas, v. 19, n. 1, p. 18-25, 2020. Dis- ponível em: http://doi.org/10.36925/sanare.v19i1.1283.

SALES, K. G. D.; DE OLIVEIRA MIRANDA, D. E.; COSTA, P. L.; DA SILVA, F. J.; FIGUE-

REDO, L. A.; BRANDÃO-FILHO, S. P.; DANTAS-TORRES, F. Home sweet home: sand flies find a refuge in remote indigenous villages in north-eastern Brazil, where leishmaniasis is endemic. Parasites Vectors, v. 12, n. 118, p. 1-12, 2019. Disponível em: http://doi.org/10.1186/s13071-019-3383-1.

SILVA, A. S.; SILVA, M. V.; REIS, D. S.; COUTO, D. C.; PINTO, D. S.; MELO, L. S.; COSTA,

D. C.; FARIAS, T. C.; MAROJA, M. C.; BARROS, S. H. Perfil epidemiológico e distribuição es- pacial da leishmaniose visceral no estado do Pará. REAS - Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 15, n. 6, p. e10242, 2022. Disponível em: http://doi.org/10.25248/reas.e10242.2022.

SILVA, K. C. B.; SOARES, V. R.; VAZ, J. L. S.; COSTA, S. C. R.; LIMA VERDE, R. M. C.;

MACÊDO, K. P. C.; SOARES, L. F.; LEITÃO, J. M. S. DE R.; NETO, B. M.; OLIVEIRA, E. H.

DE. Aspectos epidemiológicos da leishmaniose visceral em Teresina-PI, Brasil. Revista Eletrônica Acervo Saúde, n. 52, p. e744, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.25248/reas.e744.2020.

SOUSA JUNIOR, A. S.; GONÇALVES, N. V.; DO SOCORRO, C. M. C.; DE OLIVEIRA, S. B.; DE OLIVEIRA, R. A. C.; DA COSTA, R. J. F.; DA TRINDADE, N. S. K.; DE SOUSA, O. J. S.;

MATSUMURA, E. S. S.; DA CUNHA, M. P. V. R. Cutaneous leishmaniasis spatial distribution and epidemiological and environmental risk factors in Cametá, state of Pará, Brazil. The Brazilian Journal of Infectious Diseases, v. 24, n. 4, p. 330-336, 2020. Disponível em: http://doi.org/10.1016/j.bjid.2020.06.008.

TOLEDO, C. R. S.; ALMEIDA, A. S.; CHAVES, S. A.; SABROZA, P. C.; TOLEDO, L. M.;

CALDAS, J. P. Vulnerabilidade à transmissão da leishmaniose visceral humana em área urbana brasileira. Revista de Saúde Pública, v. 51, p. 49, 2017. Disponível em: http://doi.org/10.1590/S1518-8787.2017051006532.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Leishmaniasis. World Health Organization: WHO, 2022. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/leishmaniasis. Acesso em: 13 dez. 2021.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Surveillance of leishmaniasis in the WHO Euro- pean Region, 2016 and Global leishmaniasis surveillance update, 1998–2016. Weekly Epidemiolo- gical Record, v. 93, n. 40, p. 521–540, 2018. Disponível em: https://www.who.int/publica-

tions/i/item/who-wer9340. Acesso em: 13 dez. 2021.

ZAMPIERI D’ ANDREA, L. A.; GUIMARÃES, R. B. A importância da análise de distribuição es- pacial da Leishmaniose visceral humana e canina para as ações de vigilância em saúde. Hygeia - Revista Brasileira de Geografia Médica e da Saúde, v. 14, n. 28, p. 121–138, 2018. Disponível em: http://doi.org/10.14393/Hygeia142810.

Downloads

Publicado

31-03-2023

Como Citar

Ribeiro, E. A., Mendonça, J. L., Alves, N. V. A., Carvalhal, M. V. de L., Alves, J. A. G., & Teixeira, A. O. (2023). PANORAMA CLÍNICO, EPIDEMIOLÓGICO E ESPACIAL DA OCORRÊNCIA DE LEISHMANIOSE VISCERAL NO ESTADO DO PARÁ, AMAZÔNIA BRASILEIRA. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(2), 979–995. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i2.2023-026

Edição

Seção

Artigos