TELECONSULTA DE ENFERMAGEM: DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMA PARA ATENDIMENTO DE CASOS DE COVID-19

Autores

  • Francisco Braz Milanez Oliveira
  • Monyka Brito Lima dos Santos
  • Caroline Jordana Azevedo dos Santos
  • Márcia Sousa Santos
  • Hádila Giovanna Santos Siqueira Cunha
  • Laianny Luize Lima e Silva
  • Raimundo Nonato Cardoso Miranda Júnior
  • Magnólia de Jesus Sousa Magalhães Assunção
  • Jacenir Reis dos Santos Mallet

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i2.2023-023

Palavras-chave:

Telemedicina, Consulta Remota, Telemonitoramento, Covid-19

Resumo

Objetivo: Desenvolver uma plataforma virtual de Teleconsulta para atendimento a casos suspeitos de Síndromes Gripais e infecção por COVID-19. Metodologia: Trata-se de um estudo de natureza aplicada, com desenvolvimento de produção tecnológica e inovadora, prospectivo, ecológico, descritivo, de série temporal. A população do estudo foi formada por qualquer pessoa sintomática para Síndromes Gripais por COVID-19, suspeitos ou confirmados, de qualquer local do Brasil. Este estudo foi realizado em duas etapas, a saber: Etapa I: Desenvolvimento da Aplicação para Plataforma de Teleconsulta. Etapa II: atendimento por meio de Teleconsulta de Casos suspeitos de COVID-19 e Sindromes Gripais. A metodologia utilizada para o desenvolvimento da aplicação proposta foi a modelagem por prototipação evolucionária. Resultados: Foram realizados 209 atendimentos na Plataforma de Teleconsulta, sendo 151 (70%) do sexo feminino e 65 (30%) do sexo masculino, com prevalência de idade variando de 20 a 29 anos (41%). Quanto ao risco de infecção por COVID-19, 42 (20%) tinham alto risco, 75 (36%) médio risco e 92 (44%) baixo risco. Os sintomas mais prevalentes foram: secreção nasal ou espirros (53%), dores no corpo (49%), dor de cabeça (47%), dor de garganta (46%), tosse seca (35%), Febre (31%), falta de ar (25%) e diarreia (23%). Inicialmente o teleatendimento foi composto por teletriagem com classificação de risco com base na sintomatologia dos pacientes que foram codificados com pontuações conforme a gravidade do sintoma para formas graves de COVID-19. A classificação de risco categorizou os pacientes em risco baixo (1 a 9 pontos), risco médio (10 a 19 pontos) e risco alto (20 a 36 pontos). Em seguida, a teleconsulta foi agendada conforme disponibilidade do paciente por meio do método SBAR para comunicação efetiva e ao término do atendimento um plano de cuidados com Sistematização da Assistência de Enfermagem – SAE era encaminhado ao paciente por meio de WhatsApp ou e-mail. Conclusão: A plataforma de teleconsulta possibilitou a triagem dos pacientes, reduziu as visitas desnecessárias às unidades de emergência, permitiu a avaliação e monitoramento dos casos, bem como o acompanhamento de pacientes ambulatoriais que não necessitam de avaliação presencial.

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Publicado

31-03-2023

Como Citar

Oliveira, F. B. M., dos Santos, M. B. L., dos Santos, C. J. A., Santos, M. S., Cunha, H. G. S. S., e Silva, L. L. L., … Mallet, J. R. dos S. (2023). TELECONSULTA DE ENFERMAGEM: DESENVOLVIMENTO DE PLATAFORMA PARA ATENDIMENTO DE CASOS DE COVID-19. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(2), 931–947. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i2.2023-023

Edição

Seção

Artigos