CONHECIMENTO EM LIBRAS ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE ITUMBIARA-GO

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v30i1.2026-12108

Palavras-chave:

Língua brasileira de sinais, Estratégia de saúde da família, Deficiência auditiva, Inclusão

Resumo

A comunicação na área da saúde entre profissionais e pacientes é fundamental para compreender problemas e buscar soluções. Para pacientes com deficiência auditiva, superar barreiras de comunicação é importante, especialmente quando o profissional não conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras). O objetivo deste estudo foi analisar o conhecimento dos profissionais de saúde sobre a Libras, bem como suas percepções acerca dos atendimentos a pacientes surdos nas Estratégias de Saúde da Família (ESF’s) de Itumbiara-GO. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa em 22 ESF’s do município de Itumbiara-GO. Como instrumento para a coleta dos dados, foi aplicado um questionário aos profissionais. A partir dos dados obtidos, foi identificado que a maioria dos profissionais (82,78%) nunca teve contato com Libras e ao atender um paciente surdo recorreriam a outras formas de comunicação como mímica, escrita, leitura labial e auxílio de acompanhante. Notavelmente, 99,34% consideram importante aprender Libras. Foi relatada dificuldade em se comunicar por parte de 33,09% dos profissionais, enquanto 35,25% relataram dificuldades em compreender; por outro lado, 20,14% não enfrentaram obstáculos significativos. Quanto aos sentimentos envolvidos, 27,34% dos profissionais se sentiram realizados, 27,24% constrangidos, 20,86% frustrados e 19,42% incapazes. Assim, evidenciou-se a carência de conhecimento acerca da Libras entre os profissionais de saúde, ressaltando a necessidade de aprimorar a comunicação para assegurar o atendimento integral em saúde.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Marcelo Martins Thomaz, Faculdade Zarns Itumbiara

Graduando em Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Alana Barbosa Gomes, Faculdade Zarns Itumbiara

Graduanda em Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Lorena Borges Guimarães Rezende, Faculdade Zarns Itumbiara

Graduanda em Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Andressa Basso Mesquita da Costa, Faculdade Zarns Itumbiara

Graduanda em Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Sarah Braz Caetano Silva, Faculdade Zarns Itumbiara

Graduanda em Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Debora Vieira, Faculdade Zarns Itumbiara

Docente Doutora do Curso de Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Rogério Pacheco Rodrigues, Faculdade Zarns Itumbiara

Professor Mestre do Curso de Medicina. Faculdade Zarns Itumbiara.

Referências

BRASIL. Decreto nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005. Regulamenta a Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras, e o art. 18 da Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 2005.

BRASIL. Lei nº 10.436, de 24 de abril de 2002. Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais – Libras e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 abr. 2002.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Aprova diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jun. 2013.

BODENMANN, P. et al. Developing and evaluating a capacity-building intervention for healthcare providers to improve communication skills and awareness of hard of hearing and D/deaf populations: protocol for a participative action research-based study. Frontiers in Public Health, v. 9, p. 1–10, 2021. DOI: https://doi.org/10.3389/fpubh.2021.615474

GOMES, L. F. et al. Conhecimento de Libras pelos médicos do Distrito Federal e atendimento ao paciente surdo. Revista Brasileira de Educação Médica, v. 41, n. 4, p. 551–556, 2017. DOI: https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n3rb20160076

GUIMARÃES, V. M. A.; SILVA, J. P. Surdez e sexualidade: as representações sociais dos discentes surdos. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 72, n. 1, p. 125–139, 2020.

KUENBURG, A.; FELLINGER, P.; FELLINGER, J. Health care access among deaf people. Disability and Health Journal, v. 9, n. 3, p. 450–456, 2016.

LEE, P. H.; SPOONER, C.; HARRIS, M. F. Access and communication for deaf individuals in Australian primary care. Health Expectations, v. 24, n. 6, p. 1971–1978, 2021. DOI: https://doi.org/10.1111/hex.13336

LOPES, R. M.; VIANNA, N.; SILVA, E. M. Comunicação do surdo com profissionais de saúde na busca da integralidade. Revista Saúde e Pesquisa, v. 10, n. 2, p. 213–221, 2017. DOI: https://doi.org/10.17765/1983-1870.2017v10n2p213-221

MAZZU-NASCIMENTO, T. et al. Fragilidade na formação dos profissionais de saúde quanto à Língua Brasileira de Sinais: reflexo na atenção à saúde dos surdos. Audiology – Communication Research, v. 25, p. 1–9, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/2317-6431-2020-2361

REZENDE, R. F.; GUERRA, L. B.; CARVALHO, S. A. S. Satisfaction of deaf patients with the health care. Revista CEFAC, v. 22, n. 5, p. 1–16, 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-0216/20202258119

REIS, V. S. L.; SANTOS, A. M. Knowledge and experience of Family Health Team professionals in providing healthcare for deaf people. Revista CEFAC, v. 21, n. 1, e5418, 2019. DOI: https://doi.org/10.1590/1982-0216/20192115418

ROCHA, S. A. Educação de surdos em rede internacional: análise de fontes documentais dos séculos XVIII, XIX e XX. In: CONGRESSO LUSO-BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 11., 2017, Porto. Anais […]. Porto: Universidade do Porto, 2017. p. 116–128.

ROGERS, K. D. et al. Health outcomes in deaf signing populations: a systematic review. PLOS ONE, v. 19, n. 1, e0298453, 2024. DOI: https://doi.org/10.1371/journal.pone.0298479

SILVA, M. L. et al. O conhecimento de Libras entre profissionais da Estratégia Saúde da Família: revisão bibliográfica. Brazilian Journal of Development, v. 7, n. 3, p. 27459–27471, 2021. DOI: https://doi.org/10.34117/bjdv7n3-448

SENAYAH, E. A. et al. The accessibility of health services to young deaf adolescents in Ghana. International Journal of Health Planning and Management, v. 34, n. 1, p. 634–645, 2019. DOI: https://doi.org/10.1002/hpm.2679

TSIMPIDA, D.; KAITELIDOU, D.; GALANIS, P. Determinants of health-related quality of life among deaf and hard of hearing adults in Greece: a cross-sectional study. Archives of Public Health, v. 76, n. 1, p. 1–11, 2018. DOI: https://doi.org/10.1186/s13690-018-0304-2

VASCONCELOS, S. S. et al. Libras em saúde: avaliação na perspectiva de pacientes e de acadêmicos de medicina. Research, Society and Development, v. 10, n. 8, p. 1–10, 2021. DOI: https://doi.org/10.33448/rsd-v10i8.16225

WITKO, J. et al. Deaf New Zealand Sign Language users’ access to healthcare. The New Zealand Medical Journal, v. 130, n. 1466, p. 53–61, 2017.

Downloads

Publicado

12-12-2025

Como Citar

THOMAZ, Marcelo Martins; GOMES, Alana Barbosa; REZENDE, Lorena Borges Guimarães; COSTA, Andressa Basso Mesquita da; SILVA, Sarah Braz Caetano; VIEIRA, Debora; RODRIGUES, Rogério Pacheco. CONHECIMENTO EM LIBRAS ENTRE PROFISSIONAIS DE SAÚDE DE ITUMBIARA-GO. Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 30, n. 1, p. 462–479, 2025. DOI: 10.25110/arqsaude.v30i1.2026-12108. Disponível em: https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/12108. Acesso em: 13 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos