MORTALIDADE POR SEPSE EM UMA UTI ADULTO NO NOROESTE DO PARANÁ (2020 A 2021)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v29i2.2025-11814

Palavras-chave:

Unidade de Terapia Intensiva, Sepse, Perfil epidemiológico

Resumo

Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos por sepse em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulta de um hospital universitário entre 2020 e 2021. Método: Trata-se de uma pesquisa quantitativa, transversal e retrospectiva, baseada em dados de prontuários de pacientes que evoluíram a óbito por sepse, totalizando 55 casos. As variáveis analisadas incluíram características sociodemográficas, comorbidades, tipo de sepse, tempo de internação, procedimentos realizados e presença de microrganismos multirresistentes. Resultados: Evidenciou-se maior frequência de óbitos em pacientes do sexo feminino (51%), com idade superior a 60 anos (63,6%) e com foco infeccioso predominante no trato gastrointestinal (60%). A maioria dos pacientes evoluiu para óbito em até 15 dias de internação (48,1%). As principais comorbidades identificadas foram hipertensão arterial (26,3%) e diabetes mellitus (21,3%). Microrganismos multirresistentes como Pseudomonas aeruginosa e Clostridium difficile foram frequentemente associados aos casos. Conclusão: O estudo concluiu que o perfil epidemiológico da sepse reflete a vulnerabilidade de populações específicas, como idosos e pacientes com comorbidades, e reforça a necessidade de estratégias integradas de manejo clínico. A detecção precoce e a atuação de equipes multidisciplinares são fundamentais para reduzir a mortalidade associada à sepse em UTIs.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Felipe Fabbri, Universidade Estadual de Maringá

Mestrando em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Endric Passos Matos, Universidade Estadual de Maringá

Doutorando em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Lucas Benedito Fogaça Rabito, Universidade Estadual de Maringá

Doutorando em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Nathalie Campana de Souza, Universidade Estadual de Maringá

Doutoranda em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Samira Goldberg Rego Barbosa, Universidade Estadual de Maringá

Doutoranda em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Nataly Cristine dos Santos Oliveira Delmondes, Universidade Estadual de Maringá

Graduanda em Enfermagem, Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Rafaely de Cassia Nogueira Sanches, Universidade Estadual de Maringá

Doutora em Enfermagem, Docente da Universidade Estadual de Maringá – UEM.

Referências

BARROS, A. et al. Fatores de risco associados ao agravamento de sepse em pacientes em Unidade de Terapia Intensiva. Cadernos de Saúde Coletiva, v. 24, n. 4, p. 388-396, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. 13/9 – Dia Mundial da Sepse. Biblioteca Virtual em Saúde MS, 2024. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/?p=11123. Acesso em: 14 jul. 2025.

BRITO, J. et al. Identificação precoce da sepse pela equipe de enfermagem em Unidades de Terapia Intensiva através dos sinais e sintomas: revisão narrativa. Research, Society and Development, v. 11, n. 3, 2022.

CAMPOS, R. K. G. G. et al. Reconhecimento precoce dos critérios diagnósticos de um paciente com sepse e implementação do pacote de uma hora por enfermeiros: estudo transversal. Revista Brasileira de Pesquisa em Saúde, v. 24, n. 2, p. 64-71, 2022.

COSTA, M. B. V. et al. Fatores de risco associados ao desenvolvimento de sepse em pacientes críticos: uma revisão integrativa. Brazilian Journal of Health Review, v. 7, n. 6, 2024.

FERREIRA, M. A.; LIMA, P. S. Sepse: riscos, causas e prevenção. Hospital Quali Ipanema, 2024. Disponível em: https://qualiipanema.com.br/sepse-riscos-causas-e-prevencao/. Acesso em: 14 jul. 2025.

FUCHS, A. Sepse: a maior causa de morte nas UTIs. Portal FIOCRUZ, 2021.

GLOBAL SEPSIS ALLIANCE. Rory's Regulations: Association Between the New York Sepsis Care Mandate and In-Hospital Mortality for Pediatric Sepsis. [S. l.]: Global Sepsis Alliance, 2 ago. 2018. Disponível em: https://globalsepsisalliance.org/news/2018/8/2/rorys-regulations-association-between-the-new-york-sepsis-care-mandate-and-in-hospital-mortality-for-pediatric-sepsis. Acesso em: 14 jul. 2025.

HOSPITAL ALBERT EINSTEIN. Protocolo Gerenciado de Sepse e Choque Séptico no Paciente Adulto. Medical Suite Einstein, 2024. Disponível em: https://medicalsuite.einstein.br/pratica-medica/_layouts/download.aspx?SourceUrl=/pratica-medica/DocumentosDiretrizesAssistenciais/Protocolo%20Gerenciado%20de%20Sepse%20e%20Choque%20Septico%20no%20Paciente%20Adulto.pdf. Acesso em: 14 jul. 2025.

INSTITUTO CCIH+. Dia Mundial da Sepse 2024. Instituto CCIH+, 2024. Disponível em: https://www.ccih.med.br/dia-mundial-da-sepse-2024/. Acesso em: 14 jul. 2025.

MACHADO, F. R. et al. The epidemiology of sepsis in Brazilian intensive care units (the Sepsis PREvalence Assessment Database, SPREAD): an observational study. The Lancet Infectious Diseases, v. 17, n. 11, p. 1180-1189, 2017.

MARTINEZ, L. et al. Monitoring of Pseudomonas aeruginosa mutational resistome in intensive care unit patients. The Lancet EBioMedicine, v. 108, 2024.

MARTÍNEZ, M. L. et al. Impact of source control in patients with severe sepsis and septic shock. Critical Care Medicine, v. 45, n. 1, p. 11–19, jan. 2017.

MORETTIN, P. A; BUSSAB, W. O. Estatística básica. 10. ed. São Paulo: Saraiva Uni, 2024. 548 p.

OLIVEIRA, R. C.; COSTA, J. M. Sepse: mecanismos fisiopatológicos, sintomas e tratamento. Eu Médico Residente, 2025. Disponível em: https://www.eumedicoresidente.com.br/post/sepse. Acesso em: 14 jul. 2025.

PEREIRA, A. S. et al. Reinternação de pacientes sobreviventes à sepse em até 30 dias. Critical Care Science, 2024.

PINTO, C. da S. P.; SANTOS, M. V.; SIMOR, A. Fatores de controle e progressão da sepse na Unidade de Terapia Intensiva: uma revisão de literatura. Research, Society and Development, v. 10, n. 14, 2021.

RODRIGUEZ, M. et al. Pseudomonas aeruginosa epidemic high-risk clones and their association with horizontally-acquired β-lactamases. Clinical Microbiology and Infection, 2024.

SARTELLI, M. et al. Management of intra-abdominal infections: recommendations by the WSES 2016 consensus conference. World Journal of Emergency Surgery, v. 12, n. 1, 2017.

SANTOS, Z. F. et al. Internações por sepse em idosos na Bahia entre os anos de 2019 a 2023. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 8, 2024.

SILVA, A. B. et al. Análise Epidemiológica e tendências de mortalidade por sepse no Brasil. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 8, 2024.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. WHO calls for global action on sepsis - cause of 1 in 5 deaths worldwide. Geneva: WHO, 8 set. 2020. Disponível em: https://www.who.int/news/item/08-09-2020-who-calls-for-global-action-on-sepsis---cause-of-1-in-5-deaths-worldwide. Acesso em: 14 jul. 2025.

Downloads

Publicado

22-08-2025

Como Citar

FABBRI, Felipe; MATOS, Endric Passos; RABITO, Lucas Benedito Fogaça; SOUZA, Nathalie Campana de; BARBOSA, Samira Goldberg Rego; DELMONDES, Nataly Cristine dos Santos Oliveira; SANCHES, Rafaely de Cassia Nogueira. MORTALIDADE POR SEPSE EM UMA UTI ADULTO NO NOROESTE DO PARANÁ (2020 A 2021). Arquivos de Ciências da Saúde da UNIPAR, [S. l.], v. 29, n. 2, p. 1068–1084, 2025. DOI: 10.25110/arqsaude.v29i2.2025-11814. Disponível em: https://www.revistas.unipar.br/index.php/saude/article/view/11814. Acesso em: 5 dez. 2025.

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)