FACETAS DE DESGASTE POR ATRIÇÃO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS E MÁ OCLUSÃO: UM ESTUDO TRANSVERSAL

Autores

  • Lea Gabriella Carvalho de Brito Centro Universitário Santa Maria
  • Marijara Vieira de Sousa Oliveira Universidade Estadual da Paraíba
  • Tônia Arianne Mendes Cruz Centro Universitário Santa Maria
  • Raulison Vieira de Sousa Centro Universitário Santa Maria
  • Rafaela Costa de Holanda Centro Universitário Santa Maria
  • Raquel Gonçalves Vieira de Andrade Universidade Federal de Minas Gerais
  • Clarissa Lopes Drumond Centro Universitário Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i9.2023-014

Palavras-chave:

Crianças, Desgaste Dentário, Facetas de Desgaste, Má Oclusão

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar a associação entre facetas de desgaste por atrição e má oclusão em escolares brasileiros. Este estudo transversal realizado com 433 escolares de 8 a 10 anos, junto a seus pais/responsáveis, das redes pública e privada na cidade de Diamantina. Informações sobre sociodemográfico da família da criança e saúde geral da criança foram colhidos a partir de um questionário previamente estruturado, direcionado aos pais/cuidadores. Foram realizados exame intrabucal em cada criança para avalição da presença de facetas de desgaste por atrição, perda de tecido dentário por erosão, ausência/presença de má oclusão e traumatismo dentário. Os resultados foram obtidos a partir da análise descritiva de frequência absoluta e relativa dos dados e analise de Regressão de Poisson (IC 95%; p<0,05). Os resultados mostraram uma prevalência de crianças com facetas de desgaste de 73,7%, a sobressaliência anterior superior (RP= 1,16; IC: 95%; 1,03-1,31; p= 0,014) e a relação molar (RP=1,15; IC 95%: 1,00–1,29; p=0,030) associadas a presença de facetas de desgastes por atrição, e o apinhamento dentário (RP: 0,87; IC: 95%; 0,78-0,98; P= 0,023)  um fator de proteção para a facetas de desgaste em escolares, independentemente do sexo e idade da criança. Os resultados do presente mostraram que a alta prevalência de facetas de desgaste, sendo a sobressaliência anterior superior e a relação molar associadas a presença desse desgaste dentário. Dessa forma, os dados sinalizam a necessidade dos cirurgiões-dentistas estarem atentos a presença de desgaste fora dos padrões fisiológicos e relacionados a presença de má-oclusão.

Referências

CARDOSO, C. F. et al. The Dental Aesthetic Index and dental health component of the Index of Orthodontic Treatment Need as tools in epidemiological studies. Int J Environ Res Public Health, Basel, v. 8, n. 8, p. 3277-3286, ago. 2011.

COELHO-ALVES, M. S. et al. Diagnóstico clínico e protocolo de tratamento do desgaste dental não fisiológico na sociedade contemporânea. Odontol. Clín.-Cient. Pernambuco, v.11, n.3, p. 247-51. 2012.

CUNHA-CRUZ, J. et al. Tooth wear: prevalence and associated factors in general practice patients. Community Dent Oral Epidemiol, Copenhagen, v. 38, n. 3, p. 228-234, jun. 2010.

DUGMORE, C. R.; ROCK, W. P. The progression of tooth erosion in a cohort of adolescents of mixed ethnicity. Int J Paediatr Dent, Oxford, v. 13, n. 5, p. 295-303, set. 2003.

GATOU, T; MAMAI-HOMAT, E. Tooth wear in the deciduous dentition of 5–7-year-old children: risk factors. Clin Oral Invest, Berlin, v. 16, p. 923–933, jun. 2012.

GONZÁLEZ-PENAGOS, C et al. Dental wear facets in drivers of buses of a company of Medellin. Duazary: Revista internacional de Ciencias de la Salud. v. 16, n. 3, set. 2019.

GUERRERO-CHAVEZ, B. E. et al. Evaluación de desgaste oclusal en dentición decidua en escolares de seis años de edad en una comunidad rural de Yucatán. Revista Odontológica Mexicana, Ciudad de México, v. 22, n. 3, p. 150-153, sept. 2018.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/cidades-e-estados/mg/diamantina.html.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Brasileiro de 2010. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/diamantina/panorama.

JANG, S. J. et al. Quantitative comparison of incisal tooth wear in patients receiving one-phase or two-phase treatment for skeletal Class III malocclusion with anterior crossbite. Angle Orthod, Appleton, v. 88 n. 2, p. 151-156, mar. 2018.

JASON, G. et al. Tooth-wear patterns in subjects with Class II Division 1 malocclusion and normal occlusion. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 137, n. 1, p. 14. e1-7, jan. 2010.

MAHARANI, D. A. et al. Tooth wear among five-year-old children in Jakarta, Indonesia. BMC Oral Health, London, v. 19, n. 1, ago. 2019.

O'BRIEN, M. Children's dental health in the United Kingdom, 1993. London: OPCS. Her Majesty's Stationery Office. v. 113, p. 74-76. 1994.

PINEDA-HIGUITA, S. et al. Characteristics and severity of tooth wear in 2 to 5-year-old kindergarten children in Medellin. Acta odontol. latinoam., Buenos Aires, v. 32, n. 2, p. 75-78, Ago. 2019.

RIDDER, L. et al. Prevalence of Orthodontic Malocclusions in Healthy Children and Adolescents: A Systematic Review. Int J Environ Res Public Health, Switzerland, v. 19, n. 12, Jun. 2022.

SERRA-NEGRA, J. M. et al. Signs, symptoms, parafunctions and associated factors of parent-reported sleep bruxism in children: a case-control study. Brazilian Dental Journal, Ribeirão Preto, v. 23, n. 6, p. 746-752, 2012.

SMITH, B. G.; KNIGHT, J. K. An index for measuring the wear of teeth. Br Dent J, London v. 156, n. 12, p. 435-438. 1984.

TAKAHASHI, T. et al. Prevalência da oclusão normal e das más-oclusões em jovens escolares da região de Umuarama. Arq. Ciênc. Saúde Unipar, Umuarama, v. 7, n. 2, maio/ago. 2003.

WARREN, J. J., YONEZU. T., BISHARA. S. E. Tooth wear patterns in the deciduous dentition. Am J Orthod Dentofacial Orthop, St. Louis, v. 122, n. 6, p. 614-618, dez. 2002.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Oral health surveys: basic methods. 4th ed. Geneva. 1997.

VAN'T SPIJKER, A. et al. Occlusal wear and occlusal condition in a convenience sample of young adults. J Dent, Bristol, v. 43, n. 1, p. 72-7, jan. 2015.

VICTORA, C. G. et al. The role of conceptual frameworks in epidemiological analysis: a hierarchical approach. Int J Epidemiol, London, v. 26, n. 1, p. 224-227, fev. 1997.

Downloads

Publicado

22-09-2023

Como Citar

de Brito, L. G. C., Oliveira, M. V. de S., Cruz, T. A. M., de Sousa, R. V., de Holanda, R. C., de Andrade, R. G. V., & Drumond, C. L. (2023). FACETAS DE DESGASTE POR ATRIÇÃO EM CRIANÇAS BRASILEIRAS E MÁ OCLUSÃO: UM ESTUDO TRANSVERSAL. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(9), 5111–5123. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i9.2023-014

Edição

Seção

Artigos