O PAPEL DA ENFERMAGEM NO CUIDADO COM CRIANÇAS DO ASPECTRO AUTISTA

Autores

  • Katieli Oliveira de Souza
  • Khawany Telles Cardoso
  • Aurindo Henrique Costa Matos

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-018

Palavras-chave:

Enfermagem, Cuidado, Espectro Autista

Resumo

Tem sido cada vez mais comum a verificação/percepção de transtornos psiquiátricos infantis nas unidades de saúde.  O transtorno do espectro do autismo (TEA) como um transtorno do neurodesenvolvimento de base biológica, caracterizado por déficits persistentes na comunicação social e interação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades. No Brasil o estudo de Paula et al (2011) apontou 0,3% de prevalência, contudo há variações. A equipe multidisciplinar é considerada extremamente importante dentro da terapêutica, e o enfermeiro se apresenta como um agente terapêutico, que busca auxiliar dentro desta problemática na gestão do sofrimento dos pacientes com diagnóstico de TEA; pode ainda realizar atendimentos aos familiares, orientar sobre a aceitação do diagnóstico, provocando mudanças no estilo de vida da família e de todo o ambiente familiar. Os resultados da pesquisa evidenciaram que até o momento não existe uma intervenção farmacológica que possa de fato resolver o problema ainda que no decorrer do estudo tenhamos apresentado algumas descobertas promissoras, mas que dependem de maiores pesquisas. O tratamento é feito com medidas comportamentais, terapias e demais ações que irão auxiliar ao paciente a reinserir no meio social, melhorar coordenação motora, e ter maior independência. A ação dos pais e interação com entidades educacionais e profissionais especializados é crucial. 

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Publicado

06-06-2023

Como Citar

de Souza, K. O., Cardoso, K. T., & Matos, A. H. C. (2023). O PAPEL DA ENFERMAGEM NO CUIDADO COM CRIANÇAS DO ASPECTRO AUTISTA. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(6), 2391–2407. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i6.2023-018

Edição

Seção

Artigos