PARASITOSES INTESTINAIS NO NORDESTE ENTRE 2012 E 2021: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA

Autores

  • Paulo Ricardo Pereira de Souza
  • Sueli de Souza Costa
  • Francisca Alessandra Guilherme Vicente
  • Lorena Fontinele Godoi
  • Antonia Amanda Cortez do Nascimento
  • Thaisse Gabriele Aquino Mendes
  • Jhonantan Carlos de Oliveira Sousa
  • Vitória Regina Vidal Sabá e Silva
  • Consuelo Penha Castro Marques

DOI:

https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-082

Palavras-chave:

Enteropatias Parasitárias, Nordeste, Perfil Epidemiológico

Resumo

As parasitoses intestinais ainda constituem um problema de saúde pública no Brasil, especialmente nas regiões onde o saneamento básico e condições socioeconômicas são frágeis, como na região Nordeste. São um conjunto de doenças causadas por parasitas helmínticos ou protozoários, que acometem o intestino humano, causando sintomas, como diarreia, dor abdominal, astenia, náuseas, vômitos, entre outros. Seu diagnóstico é feito pelo parasitológico de fezes e o tratamento é baseado no uso de anti-protozoários ou anti-helmínticos. Objetivo: analisar os principais aspectos das parasitoses intestinais presentes no Nordeste, identificando aquelas mais prevalentes e as populações de maiores riscos. Metodologia: o estudo foi do tipo descritivo, utilizando-se uma revisão integrativa de literatura do período de 2012 a 2021, nas bases de dados eletrônicas Scielo, BVS e Google Acadêmico. Para o processo de busca e análise dos artigos, foi utilizado o diagrama flow. Todos os dados da pesquisa foram analisados no Microsoft Word e, posteriormente os resultados foram transformados em quadros e tabelas para melhor organização e interpretação das informações colhidas. Resultados: observou-se, a partir da análise dos 10 artigos, uma variação de 26,00% a 92,85% na taxa de infecções por parasitas intestinais na região Nordeste, em diversas populações, desde pré-escolares, escolares e adultos. Os fatores de risco que estiveram associados ao desenvolvimento, foram: falta de higiene pessoal e dos alimentos, ausência ou precariedade dos serviços de saneamento básico, baixa escolaridade e renda dos pais, qualidade da água de beber e práticas de andar descalço por parte das crianças. Considerações finais: Os resultados apontam para a necessidade de medidas preventivas e tratamento das enteroparasitoses, como mudanças de hábitos de higiene e melhorias nas condições de vida, como o acesso à água tratada e saneamento básico adequado. Além disso, é importante que surjam mais estudos epidemiológicos para subsidiar medidas de controle e prevenção adequadas e eficazes.

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Publicado

30-05-2023

Como Citar

de Souza, P. R. P., Costa, S. de S., Vicente, F. A. G., Godoi, L. F., do Nascimento, A. A. C., Mendes, T. G. A., … Marques, C. P. C. (2023). PARASITOSES INTESTINAIS NO NORDESTE ENTRE 2012 E 2021: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA. Arquivos De Ciências Da Saúde Da UNIPAR, 27(5), 3433–3448. https://doi.org/10.25110/arqsaude.v27i5.2023-082

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